Arte com recicláveis ganha destaque no Paço 100 Pressa

Não ser somente restaurante ou alojamento. Essa é a premissa do Paço 100 Pressa que~, prestes a completar o quarto aniversário, já recebeu concertos de música clássica, lançamentos de livros e obras diversas. “Temos feito esse esforço, com muito gosto, de ter obras de artistas locais. Como parte de experiência de quem visita nosso espaço e também para representar o DNA da Covilhã, agora como Cidade Criativa da Unesco”, começou por referir João Paulo Fazenda, proprietário do local que, agora, também vai ter uma escultura produzida toda com materiais recicláveis, idealizada e construída pelo artista plástico Pedro Leitão em conjunto com os alunos do 6º ano da Escola Conservatório de Música da Covilhã.

A ideia de uma obra compartilhada com os estudantes surgiu a partir de uma explanação que o artista fez para a turma sobre a importância de reciclar e defender o planeta que vivemos. “Hoje em dia temos a certeza que temos o planeta a prazo. Se isso não mudar, não serão só as guerras as ameaças. O planeta e a natureza vão tratar de nos excluir já que estamos levando-os para o esgotamento e destruição.” As crianças, que já haviam produzido alguns jogos com materiais recicláveis, foram então desafiadas pelo artista a contribuírem com a sua próxima obra que agora está sendo produzida junto ao Paço 100 Pressa.

Após uma conversa entre Paço 100 Pressa e o artista, ficou decidido que a peça a ser produzida será um Louva-a-Deus, que tem uma conotação muito própria na forma como vive e na maneira de passar o seu tempo. Assim foi feito o convite para que a turma de estudantes fizesse parte dessa construção. “Essas novas gerações que ainda não estão formatadas ao consumismo, podem ser felizes pela arte. Podem ser felizes ao criar e não comprar. Eles não podem deixar o Planeta aos outros, como nós deixamos para eles.”

Pedro Leitão aborda a ideia da obra parte de três pontos principais: o primeiro, é o Planeta como tempo e a importância da reciclagem. O segundo é as próprias crianças não serem quem contribuí com a destruição, com uso demasiado de plásticos. E o terceiro ponto é sob o ponto de vista do consumismo que é possível ser feliz sem se comprar. A importância de buscar emoções a partir da arte. Da criatividade. Do criar. E ressalta que a inspiração para todas essas produções é do Brasil. Quem mais o inspirou foi o artista Vik Muniz, que tem diversas obras de relevância espalhadas pelo Brasil e também fora dele.

Por fim, João Paulo Fazenda reforça a importância da reciclagem e como isso pode contribuir na formação destes jovens que participaram desta criação e sobretudo que ceder espaço para arte é um caminho importante para atrair visitantes ao Paço 100 Pressa. “Estou convencido, cada vez mais, que as pessoas buscam experiências. O DNA do espaço é visitar-nos acima de tudo. Independente de comer ou não. Ter pontos de interesse. Todas as obras aqui no espaço tem QR Code para que as pessoas conheçam outras obras dos autores e vir ao Paço 100 Pressa passa a não ser só o comer e sim desfrutar do espaço.”

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