Uma tradição de 265 anos de produção de vinho representada no Museu do Douro

Você já deve ter ouvido falar, ou talvez visto em filmes, novelas ou seriados, e até experimentado o famoso Vinho do Porto. Diferente dos vinhos de mesa, este tipo de bebida é mais licorosa e fortifica, com uma média de álcool entre os 19 e os 22 graus. Pois é, não é um vinho para beber em grande quantidade. É indicado como uma entrada, ou até como uma espécie de digestivo ao final das refeições.

Cartaz de Vinho do Porto na série Friends.

As características do vinho do Porto têm uma explicação que remonta há séculos. São 115 variedades de uvas utilizadas nessa bebida que é a embaixadora de Portugal no mundo. As vinhas são plantadas exclusivamente na região do Douro, em socalcos de xisto que ao longe parecem degraus nas montanhas do norte de Portugal.

O Alto Douro Vinhateiro, como é chamada esta área de plantação, foi a primeira região demarcada e regulamentada do mundo para a produção de vinho. Em setembro de 1756, para combater as fraudes e o excesso de produção que comprometiam a reputação do vinho, o Marquês de Pombal tomou a decisão de regulamentar a região.

Em homenagem aos séculos de história do Alto Douro Vinhateiro, e aos milhares de anos de vinho do Porto, foi inaugurado em 2008 o Museu do Douro, situado no emblemático edifício da antiga “Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro”, no município de Peso da Régua.

São dois andares de exposição que nos mostram desde os primeiros produtores na região até a ciência por trás da qualidade do vinho. Logo no início compreendemos que o vinho do Porto existe há mais tempo que a região demarcada para sua produção. O vinho nasceu com Portugal, especificamente através das ordens religiosas que se fixaram no país. No Douro, destacou-se a Ordem de Cister e seus mosteiros que foram centros impulsionadores de especialização e de desenvolvimento agrícola e vinícola.

Em Peso da Réguas. Foto: Fábio Giacomelli

Porém, foi apenas no século XVI que a viticultura de qualidade e com objetivos comerciais se desenvolveu e estabeleceu forte ligação com o Porto. “A cidade tornou-se num centro de exportação com relações comerciais privilegiadas com o norte da Europa” e o negócio do vinho prosperou até se tornar o principal produto de exportação do país.

Durante a visita também podemos observar os diversos instrumentos utilizados pelo homem para moldar as plantações das vinhas nas montanhas rochosas da região. O Douro foi um dos raros casos de capitalismo agrícola, concentrando a maior mão de obra em Portugal entre o final do século XVIII e início do século XIX.

Além do trabalho nas vinhas, o museu destaca todo o processo de produção, transporte nos barcos rabelo, armazenamento e controle de qualidade dos vinhos que saem da região do Douro. Embora o vinho do Porto seja o mais conhecido, nesta área também são produzidos diversos vinhos de mesa com “Denominação de Origem Controlada” (D.O.C). O museu também é cheio de experiências sensoriais para demonstrar as características do vinho. E como não poderia deixar de ser, a visita termina com a degustação de um bom vinho do Porto.

INFORMAÇÕES SOBRE VISITAS

O Museu do Douro funciona todos os dias entre as 10h e às 18h, de março a outubro, e até as 17h30min entre novembro e fevereiro.

Bilhete Individual: 6€
Bilhete Residente do Douro: 4,8€
Bilhete Almoço incluído no Restaurante do Museu do Douro “A Companhia”: 18€

Desconto de 50%

Bilhete Sénior (maiores 65): 3€
Bilhete Estudante (12 até 25 anos): 3€
Bilhete Amigos do Museu do Douro: 3€
Bilhete Cartão Jovem: 3€
Bilhete com Apresentação do Free Map: 3€

Entradas Gratuitas

Bilhete Crianças até aos 12 anos

Veja mais informações em https://www.museudodouro.pt/

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